sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO.

A hidratação é indispensável para um bom desempenho durante o treino. Mas não adianta se entupir de água pouco antes de correr ou mesmo enquanto faz os exercícios. Isso só vai deixar seu corpo pesado e dar vontade ir ao banheiro. A ingestão de água ou isotônicos durante o treino precisa ser moderada: o suficiente para manter a temperatura do corpo sob controle, diminuir o cansaço e segurar a aceleração cardíaca.

Calcule seu consumo assim: para cada 20 minutos de treino, o ideal é beber, em média, 200 mL de água ou isotônico (a medida pode variar de acordo com o peso corporal) os isotônicos são indicados apenas para quem corre mais de uma hora sem parar e perder muitos sais minerais, além de líquidos. Fora isso, as bebidas chamadas esportivas contam sódio na fórmula, e o sal ajuda na retenção líquida.

Confira abaixo 7 razões para nunca sair de casa sem uma garrafinha muito bem abastecida:

A água...

1. controla o cansaço e permite que você treine com mais disposição;
2. age regulação da temperatura do seu corpo;
3. favorece a circulação sangüínea e, portanto, a eliminação de toxinas;
4. diminui a incidência de cãibras;
5. leva o glicogênio (fonte de energia armazenada nos músculos e solicitada durante a prática esportiva) até as células;
6. permite o aproveitamento de muitas vitaminas, hidrossolúveis
7. não tem nenhuma caloria

O esporte traz com ele a necessidade de beber muito líquido para manter o corpo hidratado, mas isso não significa que vale a pena matar sua sede com refrigerantes, não importa se com ou sem açúcar. Para se refrescar de verdade e garantir muita saúde, nada melhor que água e sucos naturais.

Os sucos, além de refrescarem, hidratam e fornecem muitos nutrientes ao organismo e precisam ser feitos a partir de frutas frescas. Nem pense em ao comprar os famosos (e adorados pelas crianças) sucos artificiais de pozinho, isso porque eles são ricos em calorias e contêm conservantes e corantes, que podem causar alergias, gastrite e até conter substâncias cancerígenas.

O consumo desse tipo de produto acaba causando um grande esforço do corpo para purificar e limpar todas essas substâncias maléficas.

Como se não bastasse, o consumo excessivo dessas bebidas coloridas e doces, mesmo sendo dietéticas, por terem um sabor acentuado, acabam educando erroneamente o nosso paladar a aceitar apenas esse tipo de sabor. Se você cai nessa "pegadinha", vai acabar achando a alimentação à base de frutas, verduras e legumes sem graça e sem gosto, sabia?

Quando 100% naturais, os sucos são boas fontes de fibras alimentares, principalmente se não forem coados ou peneirados. A utilização integral dos componentes das frutas pode garantir o acesso a minerais e vitaminas. Mas se seu dia-a-dia corrido esbarrar na dificuldade em preparar sucos a partir das frutas, o supermercado oferece boas alternativas, como sucos concentrados, sucos em caixinhas longa vida e as polpas congeladas. Mas, toda vez que sobrar um tempinho, lembre-se de preparar com as frutas in natura, ok?

Os sucos são boas fontes de fibras alimentares, principalmente se não forem coados ou peneirados. Vale lembrar que, dependendo de como são feitos, os sucos podem ser bem calóricos. Até mesmo as frutas exigem controle no seu consumo, pois são ricas em frutose, que é também é um tipo de açúcar. Tente não adoçá-los ou substituir o açúcar refinado por mel, açúcar orgânico, mascavo ou adoçante mesmo, mas sempre com moderação.

Bebê-los 30 minutos antes das refeições é uma ótima opção, pois isso ajuda na absorção dos nutrientes que você estará ingerindo.

Além disso, é importante que os sucos naturais sejam consumidos em até 30 minutos depois de serem preparados para não perderem suas propriedades nutritivas, ok? Agora, veja todos os benefícios que sua fruta preferida lhe traz:

Abacaxi: é digestivo, além de diurético e antitérmico. Também acalma a garganta e ajuda a curar laringites.

Açaí: trata-se de um antioxidante natural, facilita a eliminação de radicais livres, devido ao seu alto teor de vitaminas E e C.

Acerola: ajuda a combater a debilidade, a fadiga do organismo, a perda do apetite, e também as gripes e infecções pulmonares.

Goiaba: contém ferro, tanino, vitamina A e muita vitamina C. Esta fruta promove o metabolismo das proteínas e ajuda a prevenir a acidez e fermentação dos carboidratos durante a digestão.

Laranja: fortalece as defesas naturais do corpo por ser rica em vitamina C. Ajuda a combater resfriados, gripes, febres e possui efeito anti-hemorrágico.

Limão: é rico em vitaminas A, B1 e C e sais minerais, por isso ajuda a curar gripes e resfriados.

Maçã: auxilia na tonificação do organismo. Contém substâncias que protegem o fígado e facilitam a digestão.

Mamão: estimula e tonifica o organismo. É ótimo para a digestão e contém substâncias antibactericidas, capazes de evitar infecções intestinais causadas por parasitas. Também protege as mucosas dos intestinos.

Saiba Mais
Aumentando a saciedade
Explore as frutas
Camufle os vegetais Manga: tem grande teor de betacaroteno, o que lhe confere propriedades antioxidantes. É um ótimo regenerador do sangue.

Maracujá: tem propriedades antissépticas e reforça o sistema imunológico, estimula a digestão e pode ser utilizado como calmante natural.

Melão e melancia: os dois têm propriedades diuréticas, auxiliando o funcionamento dos rins.

Morango: é indicado em casos de diarréia. Também ajuda na digestão, baixa a febre e estimula todas as funções do metabolismo. Tem propriedades adstringentes e diuréticas.

Pêssego: ajuda a tratar desde inflamação dos rins, erupções da pele, fungos, intestino preguiçoso e ácido úrico a problemas respiratórios e doenças do coração.

Tangerina: os bagos são repletos de suco rico em ferro e vitaminas A, B1, B2 e C. A tangerina ajuda a tratar a febre, elimina toxinas, gripes, ácido úrico, retenção de líquidos, tensão nervosa e verminoses.

Além de suco de frutas, você pode optar pelo suco de clorofila, que tem ação desintoxicante e antibactericida. Isto porque a clorofila limpa o organismo das impurezas e toxinas, o que é perfeito para remediar um dia de excessos. Agora que você já sabe de tudo, que tal misturar duas ou mais frutas e inventar um novo suco preferido? Seu corpo e sua sede irão agradecer, pode apostar!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

OS QUATRO ESTILOS.

Shotokan

Shotokan Karate é a variação do que foi tomada a partir de Okinawa ao Japão pelo renomado mestre, Gichin Funakoshi. Traduzido como "salão dos pinheiros ondulados ao vento" (Funakoshi nome de pena), refere-se a escola de karate Shotokan que Funakoshi criou no Japão em 1939.

Shotokan é provavelmente o mais tradicional estilo de Karate criado e coloca a tônica sobre a utilização do corpo inteiro para entregar chutes, socos e bloqueios. É marcada por posições de condução, que permitem ao karateka colocar em sua potência máxima a técnica.

Wado-Ryu

Desenvolvido pela japonêss nativo Hironori Ohtsuka, Wado Ryu foi o primeiro estilo de Karate a trazer um elemento de ataque em forma de arte. Ohtsuka passou muitos anos como um Grande Mestre de Jiu-jitsu antes de ser introduzido a Funakoshi em 1922 na festa desportiva em Tóquio. Ohtsuka foi atraído para pela filosofia e as técnicas do Karate, mas acreditavam que faltavam técnicas de ataque. Ohtsuko desenvolvido Kumite e Kata Kihon que foram aplicavam técnicas de sparring e, em 1934, Wado Ryu foi reconhecido como um estilo independente de Karate.

Goju-Ryu

Inspirando-se nas técnicas da arte marcial que remonta 2000 anos, Goju-Ryu foi influenciada pela tradição chinesa mais do que qualquer outro estilo de Karate. Traduzido como "difícil e positiva» (Go) e "soft e negativas" (Ju), Goju-Ryu coloca a tônica sobre a harmonia entre a dura luta contra o espírito e suave beleza da dança, acreditando que cada elemento equaliza as outras para se tornar um com o universo.

Shito-Ryu

Desenvolvido pelo Mestre Kenewa Mabuni, Shito-Ryu recorre a elementos do Shuri-te e Naha-te estilos de Karate que se originou nas cidades de Shuri e Naha, em Okinawa. Mabuni combinou dos dois estilos em técnicas que ele havia trazido de outros mestres. Shito-Ryu é o único a preservar a maioria das técnicas tradicionais Shuri-te, que se caracteriza pela rapidez, e movimentos retos.

Shorin-Ryu

Praticamente desconhecido na Europa, Shorin-Ryu é praticado mais amplamente na América e na Ásia Oriental. Considerado o mais direto antepassado do moderno Karate japonês, o Shorin originalmente obteve influências sobre a antiga arte chinesa de Sil Lum Loa (método do templo chinês). Foi fundado pelo guerreiro Sokon Matsumura, que também era guarda do rei de Okinawa. Funde o tradicional de Okinawa com técnicas das artes marciais chinesas.

ARTES MARCIAIS.

Artes marciais chinesas:

Kung fu (Gong fu) (termo moderno e geral para todas as artes marciais chinesas).
Neijia e Waijia (sistemas internos e externos de kung fu).
Baguazhang (Pa Kua Chang) (estilo interno de kung fu).
Hsing-I Chuan (Xingyiquan) (estilo interno de kung fu).
Tai Chi Chuan (Taijiquan) (estilo interno de kung fu).
I-Chuan (Yiquan) (estilo interno de Kung Fu).
Wing Chun (estilo externo de kung fu).
Wushu (antigo nome para as artes marciais chinesas ou artes de guerra).
Chi Kung (Qigong) (sistema interno de treinamento da energia).
Shaolin Quan (consiste em vários estilos diferentes e pertence ao templo shaolin).
Bajiquan (sistema interno e externo de kung fu).
Suai Jiao (luta chinesa de quedas,projeções e golpes articulares para imobilização).
Chin-Na (técnica chinesa de torções articulares).
Sanshou (luta chinesa moderna de contato, baseada no antigo sistema de luta corporal).
- Artes marciais japonesas:
Bujutsu.
Aikido.
Ninjutsu.
Sumô.
Iaido.
Iaijutsu.
Jiu-Jitsu.
Judô.
Karatê.
Kendo.
Kenjutsu.
Sojutsu.
Kyudo
Kyujutsu.
Kempo.
Naginata.
- Artes marciais tailandesas:
Muay Thai.
Krabi Krabong.
- Artes marciais coreanas:
Hapkido.
Haidong Gumdo.
Taekwondo.
Tangsudo
- Artes marciais ocidentais:
ArtDo.
Boxe.
Capoeira.
Esgrima.
Jeet Kune Do.
Jogo do pau.
Kickboxing.
Kombato.
Krav Maga.
Luta Greco-Romana.
Luta livre.
Morganti Ju Jitsu.
Sambô.
Savate.
Shobu-ryu.
Wrestling.
Vale-Tudo.

BENEFÍCIOS QUE AS ARTES MARCIAIS PROPORCIONAM.

Oferece condicionamento físico muscular e cardiovascular.
Melhora a coordenação motora.
Incentiva valores como o auto-controle, o respeito aos adversários, a humildade e a coragem.
É um método de defesa pessoal.
Aumenta a resistência do organismo

MUSCULAÇÃO NAS ARTES MARCIAIS.

É importante ressaltar que não estou taxando aqui o que é melhor ou pior para ninguém. Estou apenas ensinando alternativas de treinamento para artistas marciais e interessados, especificando sua forma de realização, e tipos de exercícios, de modo a melhorar o que deve ser melhorado e treinar da maneira correta para seu objetivo na musculação, cumprindo suas metas com maior êxito e no menor tempo possível. Qualquer prescrição precisa de atividade física deve ser realizada por um especialista respeitando as limitações e considerando os objetivos de cada um. Espero que as informações aqui expostas lhe ajudem.
Hoje a prática do fisiculturismo é muito comum nas academias, seja esta como atividade primária, secundária ou esporádica. Os homens buscam esta prática geralmente com o objetivo de hipertrofia muscular (aumento de massa muscular) ou definição muscular, e as mulheres geralmente com o objetivo de modelagem estética ou emagrecimento. Os objetivos diferem, mas uma coisa é certa e comum: a musculação nas academias move multidões com o sonho do corpo perfeito. Praticando adequadamente e com orientação, qualquer objetivo certamente será cumprido.
No caso do artista marcial, a musculação entra como um complemento. Quando já se tem uma técnica lapidada e não se tem muito que melhorar, é comum se treinar então o aumento da força via musculação; ou quando a técnica é pouca, compensa-se com força; ou ainda para evoluir gradativamente técnica e força. E, em se tratando de treinamento de força, a musculação é singular. Tudo isso é muito bom e conceitualmente perfeito: aliar o treinamento de técnica com o de força muscular. Porém, será que o artista marcial treina da maneira certa? A musculação ajudará ou atrapalhará a performance dos praticantes das Artes Marciais? Com certeza, se realizada indevidamente a musculação atrapalhará qualquer treinamento paralelo. No caso do artista marcial tornando o praticante lento, e sem seqüência, ficando assim vulnerável a um atacante ágil ou habilidoso. Pode parecer estranho, mas acontece muito quando não se é cauteloso na seleção de objetivos e no traço dos treinos de musculação.
Para que isso não ocorra, os objetivos de um artista marcial praticante de musculação devem ser devidamente direcionados. Tudo na musculação gira em torno dos objetivos; portanto, trace os seus corretamente ou procure um especialista para tanto. Caso seu objetivo seja priorizar a musculação, não perca tempo lendo o restante do texto. Caso sua primícia sejam as Artes Marciais e a musculação é tão somente um apoio/complemento, então entenda que você não deve treinar musculação como as pessoas que buscam hipertrofia ou definição, pois seu objetivo é outro! Você deve buscar na musculação o que mais lhe ajudará e mais se assemelha à necessidade das Artes Marciais. Em geral, o artista marcial necessita de: 1º: Explosão, 2º: Resistência, 3º: Força; nesta ordem. Ironicamente a força muscular é a mais fácil de se adquirir e normalmente a mais treinada nas academias, a resistência muscular é um pouco mais difícil de se conquistar e menos treinada, e, o mais difícil de se ver alguém treinando e de se munir é a explosão muscular.
Além do seu principal objetivo na musculação, trace objetivos secundários e terciários a serem cumpridos (metas). Por exemplo, aumentar a carga do exercício E em três meses; ou, mudar a série do exercício F para supersérie em dois meses; ou ainda, fragmentar o treino de dois dias por semana para três dias por semana em um mês.


Treinando musculação de forma a desenvolver explosão muscular:
É quase impossível você ver alguém treinar musculação com este objetivo, e afirmo que muitos instrutores de musculação não tem a menor noção de como e para que se treina isso. Por isso adianto que você encontrará certa resistência para concretizar este treinamento.
Para se treinar explosão deve-se aplicar uma resistência no movimento agonista (início do movimento) e rapidamente/subitamente extinguir tal resistência, de modo a musculatura executar um movimento brusco (explosivo) no sentido contrário à anterior resistência. O movimento antagonista (retorno) deve ser rápido mas sem explosão.
Exemplo: No supino reto (peitoral) com barra, inicialmente sem peso algum (somente a barra), com um auxiliar segurando na barra pressionando-a para baixo, de modo ao executor do exercício explosivo não suportar ergue-lo (realizar esta resistência ao músculo agonista por três segundos), o auxiliar que aplicara a resistência na barra subitamente solta a mesma, de modo que o executor do exercício explosivo executará uma rápida movimentação no sentido que desejava. Após se familiarizar com o exercício aumente o peso da carga (Caso você tenha um Teste de Força Máxima recente, aplique de 30 a 40% da carga nele alcançada).
Pois bem, este é um exemplo, faça sua série adaptando os exercícios a esta forma de execução, pois somente assim se treina explosão muscular. Nunca faça isso em máquinas, pois elas provavelmente não aguentarão o impacto e certamente com o tempo serão danificadas. Dê preferência para alteres e anilhas, barras e aparelhos sem roldanas. Execute 4 séries de 12 repetições para grupos musculares grandes e 3 séries de 10 repetições para grupos musculares pequenos. No caso dos iniciantes em fisiculturismo execute inicialmente um trabalho de base para depois de no mínimo três meses aplicar o treino de explosão muscular.

Treinando musculação de forma a desenvolver resistência muscular:
O treinamento de resistência muscular é mais demorado que o de força, pois se executam mais repetições de cada exercício; a carga é menor e a velocidade de movimentação geralmente é maior. Caso você tenha um Teste de Força Máxima recente, aplique de 10 a 30% da carga nele alcançada. Execute os exercícios com simetria e respirando a cada ciclo de movimento. Para grupos musculares grandes execute de 5 a 6 séries de no mínimo 30 repetições; para grupos musculares pequenos execute de 4 a 5 séries de no mínimo 20 repetições. Lembre-se que a carga deve ser baixa, e, ás vezes, nenhuma.
Exemplo: Elevação lateral dos braços (ombro), sem peso algum (só o peso dos braços já oferece uma resistência), com 6 séries de 50 repetições.

Treinando musculação de forma a desenvolver força muscular:
Em geral são poucas séries com poucas repetições em cada exercício e uma carga grande (difícil desde a primeira contração).
Realize os exercícios de forma lenta e concentrada, sentindo o músculo que está sendo trabalhado.
Execute apinéia (prenda a respiração) durante todo ciclo de movimento do exercício ou somente na fase agonista (início do movimento).
Sendo necessário, peça a ajuda de alguém para erguer um peso grande demais que você não está conseguindo faze-lo sozinho, não tenha vergonha. Acidentes já ocorreram em academias por excesso de peso nos exercícios. Não abuse, nem exagere. A carga deve ser grande, mas nunca no seu limite. Afinal, sua saúde e integridade física estão acima do ego.
Caso você tenha um Teste de Força Máxima recente, aplique de 60 a 80% da carga nele alcançada. Para grupos musculares grandes execute de 3 a 4 séries de 6 a no máximo 12 repetições (o padrão são ; para grupos musculares pequenos execute de 2 a 3 séries de 6 a 10 repetições.
Exemplo: Rosca direta na barra W (bíceps), 2 séries de 10 repetições mais 1 série de 8 repetições (na terceira série aumenta-se ainda mais a carga).


Seguindo os objetivos descritos acima em sua ordem de importância, o treino de explosão ocupa 3/6 do ciclo de treinamento, o treino de resistência ocupa 2/6, e o de força somente 1/6.
Exemplo:
Treino A Treino B Treino C Treino D Treino E Treino F
explosão resistência explosão força explosão resistência
Portanto, na semana, pode-se montar a série de treinos assim:
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sáb.
ou
2ª 4ª 6ª 2ª 4ª 6ª
ou
3ª 5ª Sáb. 3ª 5ª Sáb.
ou
2ª 3ª 5ª 6ª 2ª 3ª

Monte seu treino da forma mais adequada, conforme sua disponibilidade de tempo e gosto pessoal.

Dica: Evite manter um intervalo maior que dois dias entre os treinos, isso produz ineficiência e baixa o rendimento de performance. Se você treinou na Sexta-feira por exemplo, procure treinar novamente na Segunda-feira, pois caso você treine somente na Terça-feira seu linear evolutivo reduzirá de escala. Em contrapartida procure deixar os músculos descansarem no mínimo 24 horas (o ideal são 48 horas). Treinar com músculos cansados leva à fadiga, dor muscular, mal estar, facilitando acidentes e lesionando o músculo (estiramento muscular, rompimento de tendão, etc.)

Dica: Os músculos abdominais possuem fibras que somente através de muitas repetições produzir-se-á bons resultados.
Exemplo: na 2ª, 4ª e 6ª feira treina-se força muscular localizada abdominal com 3 séries de 30 repetições com carga e com movimentos lentos; na 3ª, 5ª e Sáb. treina-se resistência muscular localizada abdominal com 5 séries de 100 repetições sem carga e com movimentos rápidos.

Dica: Se você quer perder gordura na região abdominal execute exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, bicicleta, etc.). Se você tem protuberância abdominal execute exercícios abdominais. Em ambos os casos uma reeducação alimentar ajuda muito.

Importante: O abdome não é uma coisa só. Ele se divide (para treinamento) em basicamente quatro porções: região supra abdominal (boca do estômago), região infra abdominal (abaixo do umbigo), regiões oblíqua esquerda e direita (abaixo dos músculos peitorais), regiões laterais direita e esquerda (ao lado das costelas flutuantes). Portanto não treine somente para uma destas regiões, mas sim para todas! Procure um especialista.

Importante: Nunca se esqueça de alongar os músculos, principalmente os que irá treinar no dia, antes de iniciar. Realize um aquecimento geral e outro específico para o exercício que irá realizar. Após a atividade física alongue novamente a musculatura. Isso ajuda a prevenir lesões, câimbras e dores musculares.

Dicas:

- Alongue seu corpo de uma forma geral, mas dê ênfase à parte que será exercitada. - Faça um pequeno aquecimento (correndo ou caminhando) por pelo menos 10 minutos.

- Não exagere na carga dos aparelhos na primeira série de cada exercício. No início, coloque um peso mais leve e aumente o número de repetições, a fim de aquecer a musculatura a ser exercitada.

- Tente fazer movimentos suaves, iguais e repetidos, sem impactos grandes e em determinado ritmo.

- Aumente o peso do exercício apenas se você conseguir fazer mais repetições do que o seu professor indicou.

- Não exagere na carga dos aparelhos, pois poderão surgir problemas de postura e dores musculares. Além disso, com mais peso do que você pode suportar, o exercício não vai ser bem feito e, assim, não terá o efeito que você espera.

- Atente para o intervalo recomendado pelo seu professor durante as séries de exercícios.

- Beba água quando puder.

- Respeite a ordem dos exercícios, de acordo com os grupos musculares a serem exercitados.

- Alongue após o treino, a fim de evitar dores e lesões musculares posteriores.

O QUE COMER ANTES DA LUTA.

Se você vai lutar, é sinal de que a dedicação à saúde, incluindo treino e cardápio balanceado, já faz parte da sua rotina. Portanto, não muito com que se preocupar na véspera da competição. Os cuidados seguem mais a linha preventiva, evitando alimentos que podem causar indigestão ou indisposição.

No geral, vale a pena dar um gás no consumo de carboidratos (pães, frutas, bolos, biscoitos, arroz e massas, por exemplo). Esse tipo de nutriente gera energia e aumenta o pique para encarar o desafio próximo. Abaixo, outras dicas que podem ajudar você a alcançar um resultado melhor:

1. Cerca de duas horas antes da luta, faça uma refeição à base de frutas, sucos, pães ou biscoitos (todas boas fontes de carboidratos). Mas tome cuidado para não comer demais e ficar com o corpo pesado, o que compromete o rendimento na prova.

2. Antes de montar o prato, pense na sua digestão. Algumas pessoas sentem-se mal quando comem sob tensão. Se este for o seu caso, prefira refeições líquidas. Mas nem ouse achar que dá para cumprir o percurso tendo tomado um suco de laranja. Procure soluções de carboidratos, que hidratam e energizam. É o caso das bebidas esportivas e dos preparo com pó de maltodextrina.

3. No dia anterior à luta, é recomendável que se consiga fornecer uma média de 9g de carboidratos por Kg de peso corporal. Programe-se.

DICAS SOBRE CORRIDA.

Medir a evolução do treino é indispensável a qualquer atleta, não importa o nível de preparo: por um lado, porque dá mais motivação. E, por outro, porque revela onde estão suas maiores dificuldades e dá pistas de como superá-las.

Para fazer essa avaliação, os especialistas costumam usar alguns índices. Conheça abaixo os principais deles e entenda como eles podem ajudar você a otimizar seu rendimento, de forma segura.

Coordenação motora: no começo, quando a velocidade é menor, o esforço concentra-se na coordenação entre as passadas, os braços e a respiração. Mas o encadeamento logo fica automático. Quando isso acontece, os treinos precisam trabalhar a precisão dos movimentos nas articulações (principalmente joelhos e tornozelos). Isso diminui a ocorrência de lesões.

Força explosiva e agilidade: esta variável mede a capacidade do atleta em manter o ritmo, tendo de lidar com alguns obstáculos. Na terra, árvores e pinguelas são exemplos reais. Nas competições urbanas, os obstáculos podem ser retardatários na pista ou mesmo problemas no asfalto, como buracos e lombadas.

Força resistente: quem já alcançou o nível intermediário, conhece os treinos que trabalham a força resistente. Como diz o nome, ela desenvolve a capacidade de manter o mesmo rendimento em condições mais difíceis. É o caso dos treinos em ladeira, que exigem bem mais da força muscular das pernas e do sistema cardiorrespiratório. Trabalhar a força resistente aumenta o rendimento na hora de encarar percursos planos.

Ritmo: manter a respiração e os mesmos batimentos cardíacos durante todo o percurso de uma prova é desafio que tira o fôlego até dos atletas mais experientes. É duro resistir à tentação de apertar o passo nas partes mais fáceis (esforço que pode custar caro mais adiante, quando o trajeto complicar). Manter o ritmo forte no começo, quando você parte do repouso, é fácil. O desafio está em manter o nível até o final da prova ou, mesmo, nos trechos de exigência maior.

Velocidade plena: correr descendo ladeiras é uma das maneiras de desenvolver a velocidade e o equilíbrio do atleta. Mas a estratégia exige preparo: primeiro, para manter o ritmo após terminada a descida e, depois, para não sobrecarregar os joelhos (eles chegam a absorver um impacto três vezes maior nas ladeiras). Aqui, vale o contrário do senso-comum: pegue leve na descida e dê um gás na subida. Mas a estratégia só deve ser posta em prática após orientação do seu professor.

SOBRE O USO DE ENERGÉTICOS.

Atleta pode consumir? Dá dopping? O treino rende mais após tomar um energético?

De acordo com o personal trainer, Edson Ramalho, o rendimento físico de qualquer pessoa aumenta depois da ingestão deste tipo de bebida:

"A pessoa rende mais por que os energéticos aumentam a frequência cardíaca e a temperatura do corpo, melhorando a resistência e a performance do atleta", explica o personal. Porém, Edson explica que apesar de serem liberadas pelo Comitê Olímpico, as substâncias que compõem os energéticos, quando ingeridas em excesso, podem caracterizar dopping.

"Eles são vistos como bebidas naturais, mas a quantidade ingerida poderia caracterizar dopping se os seus membros entendessem que o atleta fez uso destas substâncias intencionalmente para render mais na competição", explica Edson.

O café é um elemento presente na nossa cultura e no cotidiano do brasileiro. Quem gosta, toma por prazer. Outros, por simples costume. E há quem veja, nas propriedades da bebida, aliados perfeitos na reposição energética diária. Mas como fica a conciliação de café e atividade física? Quais são as substâncias presentes nele que podem melhorar o desempenho dos atletas? Por outro lado, quais são os efeitos negativos que o consumo dessa bebida pode causar no rendimento físico a longo prazo?

Estudos já comprovaram que o café conta com substâncias e propriedades que estimulam o sistema nervoso, ajudando a manter o poder de concentração e deixando o indivíduo mais alerta, com muito mais energia. A bebida também tem poder antioxidante, que colabora com a redução dos índices de risco de doenças como o diabetes. A atuação da cafeína no organismo também estaria associada à diminuição das dores musculares pós-atividade física e ao metabolismo, auxiliando na queima de gordura. Mas também há contra-indicações no que diz respeito ao consumo do café. Afinal, bebê-la demais pode causar superexcitação, insônia, desconforto intestinal e a piora em quadros de gastrite.



Café e atividade física Um estudo realizado na suíça, em 2006, deixou a comunidade fitness em alerta: pesquisas levantaram a hipótese de que a cafeína poderia baixar o rendimento na performance física, a longo prazo. De acordo com dados apresentados pelo cardiologista Philipp Kaufmann, do Hospital Universitário de Zurique, descobriu-se que a cafeína pode não ser tão inofensiva quanto se imaginava e, portanto, a ingestão do café não seria indicada antes da prática esportiva.

Ricardo Cury, médico ortopedista e professor do Grupo de Cirurgia do Joelho e Trauma Esportivo da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, acredita que misturar café e atividade física é um risco. "Os estimulantes, de forma geral, têm propriedades que permitem maior poder de concentração e vigília, mas colaboram com o aumento da frequência cardíaca", diz Cury. Segundo ele, os riscos, a longo prazo, são de aumento da pressão arterial e até mesmo problemas no coração, caso haja algum tipo de suscetibilidade para doenças vasculares.

Para a nutricionista e diretora da clínica Equilíbrio Nutricional, Roseli Rossi, o consumo do café traz vantagens e desvantagens. "A cafeína tem sido considerada uma substância de auxílio ergogênico, que potencializa a performance durante a atividade física, pois atua como estimulante do sistema nervoso, aumentando a tensão dos músculos, além de ajudar na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular", afirmou Roseli.

Para os indivíduos que apresentam sensibilidade em relação à cafeína, segundo Roseli, a ingestão do café não é recomendada, pois pode causar males ao sistema nervoso. Quanto às desvantagens nutricionais, o café possui fitato e tanino, substâncias chamadas de antinutricionais, por atrapalharem a absorção e a utilização de alguns nutrientes essenciais para o organismo.

O ideal é que o consumo seja feito duas horas antes ou após as refeições principais, evitando-o em intervalos maiores. "Não se deve ultrapassar três xícaras ao dia", recomenda a nutricionista. Embora muitas pesquisas já tenham sido realizadas sobre o assunto, não há dados definitivos que comprovem a eficácia do café na performance física, e nem que alertem para riscos de saúde. O ideal é manter a moderação, praticar exercícios físicos regulamente e viver em paz com o prazer de tomar um bom café. Mas beba com moderação, claro.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A HISTÓRIA DO KICKBOXING.

O esporte surgiu na década de 70, nos Estados Unidos, quando os caratecas tradicionais estavam cansados das competições que não permitiam um contato pleno, e começaram a adaptar protetores de pé e mão para que os contatos fossem permitidos, só que com pouco risco de lesão.
A modalidade competitiva que recebeu o nome de “Karatê Full Contact” (Karatê de Contato Total), com o passar dos tempos, fez com que estes mesmos atletas começassem a entender que aquela modalidade era um outro tipo de luta, que não tinha nada a ver com o “Karatê de Competição”. Recebeu então o nome de “Full Contact”, que traduzia muito mais o espírito deste novo esporte.
A WAKO (World Association of Kick Boxing Organization) – www.wakoweb.com, fundada em 1971, é a maior sigla mundial deste esporte. Sediada em mais de 105 paises espalhados pelos 05 continentes, possui sede financeira e administrativa em Milão (ITA), tendo como presidente o Dr. Ennio Falsoni.
Em 1974, foi realizado o 1º Campeonato Mundial Amador, em Atlantic City (USA), e aí sim o esporte começou a tomar seu rumo mundial.
Dominique Valera, um dos maiores nomes do Karatê Mundial de todos os tempos, com mais de mil vitórias e vários títulos europeus e mundiais, começou a treinar a modalidade nos Estados Unidos com Bill Wallace e Jeff Smith. No seu retorno à Europa, reestruturou o esporte, chamando-o de Kick Boxing, isto é: chutar boxeando, tornando-o como é hoje, dividido em seis modalidades, a saber:
Musical Forms: A mais bela modalidade do KickBoxing, considerada a Ginástica Olímpica Marcial. Os atletas coreografam movimentos tradicionais das artes marciais com a música utilizando-se de armas ou não.
Semi Contact: Pode ser definido como um combate de técnicas controladas e paradas, sendo os golpes definidos ponto a ponto.


Light Contact: É um combate de técnicas controladas e contínuas, onde os atletas visam tocar o maior número de vezes seu oponente, com a máxima velocidade e o mínimo de potência. Não é válido nocaute.

Full Contact: Nesta modalidade, os atletas podem utilizar técnicas de mão do boxe tradicional e todos os tipos de chutes, que atinjam o adversário da cintura para cima, observando a linha lateral e frontal do tronco e cabeça.

Low Kicks: Possui as mesmas definições de técnicas do Full Contact, acrescido com chutes que atinjam as pernas do adversário, interna e externamente obedecendo à linha do joelho para cima.

Thai Kick K1 Rules: Modalidade de contato pleno que permite todas as técnicas do KBFC e do KBLK, agregando alguns golpes particulares à modalidade, tais como: atacar com chutes as pernas e articulações da mesma lateralmente, giratória baixa de calcanhar, esporão, projeção com a guarda, joelhada e soco giratório.


A WAKO participou dos Jogos Africanos e dos Jogos Asiáticos Indoor em 2007 e já tem a participação confirmada nos Jogos Mediterrâneos Indoor em 2009, dando com isto passos largos vistas ao reconhecimento Olímpico do esporte KickBoxing.
A WAKO é a única sigla mundial reconhecida pelo AIGSF (General Association International Sports Federation - www.agfisonline.com) e com isto detém status de desenvolver, divulgar e fiscalizar a prática do KickBoxing em todo o planeta.

DATAS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DO KICK BOXING

1974 – Realizado em Setembro, o 1º Campeonato Mundial de Karatê Full Contact, em Los Angeles (USA).

1975 – Primeiro Título Mundial Profissional, realizado por George Bruckner, em Berlim (ALE) e conquistado por Gordon Franks.

1976 – Na academia de George Bruckner é realizado uma luta entre Dominique Valera e Bill Wallace, com duração de 10 minutos, que consagra a supremacia de Bill “Superfoot” Wallace. É fundada a World Association Of All Style Karate Organizations.

1977 – Setembro é realizado o 1º Campeonato Alemão pela WAKO, em Wolfsburg.

1978 – É realizado o primeiro campeonato Mundial WAKO, com a participação de 18 países, organizado por George Bruckner, em Berlim (ALE).

1979 – O segundo campeonato Mundial é realizado em Tampa – Flórida (USA). A Europa toma conhecimento do grande fenômeno do Full Contact nos Estados Unidos. Daí em diante, a WAKO passa a realizar seus mundiais a cada 2 anos.

1980 – A WAKO deixa de usar a terminologia Karatê Full Contact, passando a utilizar o termo KickBoxing, que passava melhor a idéia do “chutar boxeando”.

1981 – A WAKO tem a sua terminologia ajustada para Word Association Of Kick Boxing Organization.

1983 – O italiano Ennio Falsoni é eleito o presidente da WAKO.

1985 – A WAKO se divide em duas facções: de um lado o presidente George Bruckner e de outro Ennio Falsoni.

1987 – A WAKO é reunificada e Ennio Falsoni é confirmado como presidente único da entidade, com sede em Milão (ITA).

1987 – Primeira participação brasileira em campeonato Mundial, realizado em Munique (ALE).

1990 – Primeira conquista de medalha em campeonato Mundial, realizado em Mestre Di Veneza (ITA), pela equipe brasileira – Paulo Zorello (prata) . No mesmo ano, Paulo Zorello conquista o título europeu de Full Contact pela seleção italiana e ao retornar, começam as atividades da WAKO no Brasil.

1990 – Durante a realização do congresso da WAKO no campeonato Europeu, em Madrid (ESP), fica decidido que a entidade deveria criar sua seção profissional, a WAKO-PRÓ, em duas de suas modalidades – Full Contact e Low Kicks.

1991 – É realizada em Milão (ITA), a primeira disputa de título Mundial Profissional de Full Contact entre o francês Phillipe Coutelas, então Campeão Mundial Amador, e o brasileiro Paulo Zorello, então Campeão Europeu Amador, vencida por pontos pelo brasileiro, tornando-se o primeiro Campeão Mundial Profissional na história.

1991 – Primeira medalha de ouro obtida pelo Brasil em Campeonato Mundial Amador, realizado em Londres (ENG), pela atleta Carla Ribeiro (DF). Ainda em 1991 é realizado o 1º Campeonato Brasileiro, em Brasília (DF), com a organização a cargo de Antonio Flávio Testa.

1993 – Fundada a Confederação Brasileira de Kick Boxing, durante a realização do 3º Campeonato Brasileiro, em Cruz Alta (RS), organizado por Badique Daer. Na ocasião foi eleito por aclamação Paulo Zorello, como presidente.

1993 – Realizada no Brasil a primeira defesa de título Mundial com transmissão ao vivo pela televisão Bandeirantes. Paulo Zorello venceu por K.O. no 7º round o francês Phellip Coutellas.

1994 – A CBKB realiza o 1º Campeonato Panamericano, em Uberlândia (MG), organizado por Hélio Mendes. No mesmo evento Paulo Zorello nocauteia no 4º round o francês Reinald Fucho na defesa de seu título Mundial dos pesados de Full Contact.

1995 – O Brasil participa com uma delegação de vinte e duas pessoas, sendo dezoito atletas, dois árbitros, além do presidente Paulo Zorello e o vice presidente Flávio Testa, no Mundial de Kiev, Ukrânia. André Roubert (RJ) conquista a medalha de prata no Low Kicks até 60 Kg.

1996 - Fundada a Associação Goiana de Kickboxing (AGKB), então a entidade gestora do kickboxing em Goiás.

1996 – Durante o congresso da WAKO no Campeonato Europeu, é decidido que mais duas modalidades fariam parte da WAKO-PRO, o Light Contact e o Semi Contact.

1997 – Durante a realização do congresso WAKO no Campeonato Mundial de Gdansk (POL), fica decidido que o Thai Kick seria incluído às modalidades competitivas da entidade. Daí em diante, a WAKO passa a organizar disputas de Full Contact, Low Kicks, Light Contact, Semi Contact, Musical Forms e Thai Kick, sendo que, somente o Musical Forms participa exclusivamente da divisão amadora.

1998 – É próximo o reconhecimento da WAKO pelo AIGSF (comitê central que estuda a inclusão de novos esportes às modalidades olímpicas existentes). A WAKO conta com 81 nações sendo que 29 delas são reconhecidas pelos Comitês Olímpicos nacionais.

1999 - Wagner Stivi (GO) vence o paulista Arthur Junior e se torna o primeiro goiano a conquistar um titulo brasileiro profissional. (low kicks)

1999 – A WAKO fecha o milênio com 1.200.000 praticantes ao redor do mundo em 89 confederações nacionais nos 5 (cinco) Continentes, realizando campeonatos Mundiais em duas edições – Low Kicks em Kyrgiztan e as demais modalidades em Caorle (ITA).

1999 – A CBKB realiza seu primeiro Campeonato Sulamericano em São Paulo com a presença da Argentina.

2000 - Fundada a Federação Goiana de kickboxing e thai boxing (FGKT) entidade gestora do kickboxing e thaiboxing/muay thai no Estado de Goiás.

2000 - A seleção goiana consegue o terceiro lugar na classificação geral no campeonato brasileiro.

2000 – A CBKB realiza o 2º Campeonato Panamericano em São Paulo.

2001 - Wagner Stivi vence por nocaute o italiano Fabrizio Palermo e se torna campeão mundial profissional, no mesmo ano Stvi vence o italiano Roberto Panni em Roma (italia) pela defesa do titulo mundial.

2001 – A WAKO já está presente em 96 países e 37 destes filiados a seus comitês olímpicos.

2001 – A CBKB realiza a segunda edição do Campeonato Sulamericano, também em São Paulo e contou com a presença das seleções da Argentina e Bolívia.

2001 – A WAKO realiza com sucesso as duas etapas do Campeonato Mundial. O Semi Contact, Light Contact e Musical Forms, foram realizados em Maribor (Slovenia) e o Full Contact, Low Kicks e Thai Kick em Belgrado (Yugoslávia).

2001 – Em Novembro, durante a realização do Mundial de Belgrado, Paulo Zorello retira-se oficialmente dos ringues encerrando sua vitoriosa carreira de 37 vitórias, 30 KO e 1 derrota, tornando-se o campeão mundial profissional a manter o título por mais tempo (10 anos, 8 meses e 24 dias).

2002 - A Federação goiana em parceria com a confederação brasileira de kickboxing realiza em Anápolis-GO o desafio internacional Brasil x Italia.

2002 - Os atletas goianos Sidney dos Santos Hipólito e William Alves Lima ambos de Anápolis, integram a Seleção Brasileira que disputa o Desafio internacional na Itália. William foi o único atleta do Brasil a vencer as duas etapas realizadas nas cidades de Roma/Ita e Bari/Ita.

2002 – A WAKO continua investindo, nas competições profissionais, realizando em média 05 disputas de títulos por mês, ao redor do mundo.

2002 – Budva – Montenegro, antiga Yugoslávia, realiza a terceira edição do Campeonato Mundial Junior.

2002 – A CBKB realiza com sucesso a terceira edição do Campeonato Panamericano de KickBoxing.

2002 – O Brasil fecha o ano com quatro campeões mundiais, fato inédito em sua história. Wagner Stivi (GO) no Low Kicks 56,400 kg, Deucélio Rodrigues (PR) no Low Kicks 58,200 kg, André Roberto Rouberte (RJ) no Low Kicks 60 kg e Moisés “GIBI” Baptista (SP) no Low Kicks 78,100 kg.

2003 – A WAKO realiza com enorme sucesso as duas etapas do Campeonato Mundial amador, sendo uma em Kiev – Ucrânia e a outra em Paris – França.

2003 – O 3º Sulamericano começa a demonstrar o crescimento do esporte no continente. São Paulo recebeu as seleções da Argentina, Peru, Chile, Equador e Bolívia, além dos convidados especiais França e Noruega.

2004 Fev – O ano começa muito forte, principalmente com a apresentação do calendário profissional onde serão transmitidos 08 eventos ao longo de 2004.

2004 Set – Enorme sucesso na realização do 14º Campeonato Brasileiro Adulto e 8º Campeonato Brasileiro Sub 17. Participação record de 370 atletas na cidade de Amparo, interior paulista, com o Rio de Janeiro sagrando-se campeão pela sexta vez.

2004 Nov – O 3º Campeonato Open Panamericano encerra o ano de forma espetacular. Oito países, mais de 300 atletas e transmissão exclusiva pelo BandSports. Brasil é tri-campeão.

2005- Wagner Stivi é nomeado vice-presidente da Confederação Brasileira de Kickboxing.

2005 Mai – Enorme sucesso a realização do 15º Campeonato Brasileiro de KickBoxing e 9º Campeonato Brasileiro Sub 17, onde o Rio de Janeiro se sagra campeão.

2005 Mai - Goiás conquista um histórico segundo lugar no Campeonato Brasileiro de Kickboxing

2005 Ago – O 4º Campeonato Sulamericano de KickBoxing é realizado pela 1ª vez fora do solo brasileiro. Buenos Aires foi a sede e apesar disto o Brasil sagra-se tetra-campeão.

2005 Set – A WAKO realiza com maestria o mundial de Marrocos, nas modalidades Low Kicks, Thai Kick e Musical Forms.

2005 Nov – Agora é a vez da Hungria sediar o mundial nas modalidades de Full Contact, Semi Contact e Light Contact. As duas etapas contaram com a participação de mais de 1300 atletas oriundos de 90 países, representando os cinco continentes.

2006 Jun - o 16° Brasileiro adulto e 10° Sub17, realizado em Niterói – RJ, superou todas as expectativas e coroou o Rio de Janeiro como Octa Campeão nacional.

2006 Jun - Goiás conquista pela segunda vez o vice-campeonato Brasileiro.

2006 Ago - Rogério Peixoto se torna o primeiro goiano a ser campeão brasileiro profissional na modalidade de Thai kick (K1 rules).

2006 Set - O Campeonato Europeu, realizado em Lisboa, Portugal, marcou o inicio do controle anti – dopping na modalidade.

2006 Out – Durante a reunião do Conselho do AIGSF – General Association International Sports Federations (www.agfisonline.com), a WAKO foi reconhecida oficialmente como a única entidade oficial do esporte KickBoxing no mundo.

2006 Nov - O 4° Campeonato Panamericano realizado em Niterói – RJ, marcou a presença inédita do Canadá, EUA e México. No congresso Panamericano realizado no evento, foi fundada a Confederação Panamericana e Paulo Zorello foi eleito presidente.

2006 Dez – São iniciadas as atividades da WAKO Champions League no Brasil. Somente no primeiro mês, dezembro, três eventos foram realizados.

2006 Dez – Deucélio Rodrigues (PR) conquista o Título Mundial Profissional de Thai Kick ao vencer por KO no primeiro round o português Tiago Pereira. Ele e Wagner Stivi (GO) são os dois Campeões Mundiais do esporte no Brasil.

2007 Mai - A CBKB realiza a 17 edição do Brasileirão Adulto e 11 do Sub 17 no Ginásio do Ibirapuera, reunindo representantes de doze estados e mais de 350 atletas.

2007 Jul - O 5º Campeonato Sulamericano Adulto e Sub 17 volta a ser realizado no Brasil, no Ginásio do Ibirapuera e o Brasil conquista o Penta.

2007 Jul/Out - A WAKO dá mais um grande passo rumo a reconhecimento Olímpico participando dos Jogos Africanos e dos Jogos Asiáticos Indoor, posicionando de vez a entidade como a legítima representante mundial do esporte.

2007 Ago - A Federação Goiana de kickboxing e Thai Boxing realiza a 1ª Copa Centro Oeste de Kick Boxing, o evento contou com a participação das equipes do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além de contar com a participação especial dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

2007 Set/Nov - A WAKO realiza suas duas etapas dos Mundiais em Belgrado, Sérvia e em Coimbra, Portugal respectivamente, reunindo mais de 1800 atletas representantes de 80 nações. O Brasil participa das duas edições e conquista uma medalha de bronze com Guto Inocente (DF), no Thai Kick.

2007 - Dez - A Federação Goiana de kickboxing e Thai Boxing realiza a 1ª Copa Goiás de Kick Boxing

2007 Dez - A CBKB reedita a Copa Brasil, somente na modalidade Low Kicks, promovendo uma premiação diferenciada para os participantes. A partir de 2008 o evento passa a fazer parte do calendário oficial e terá outras modalidades.

2007 Dez - A WAKO encerra o ano modificando oficialmente o nome da modalidade ThaiKick para K1 Rules, por exigência do Comitê Olímpico Mundial.

2007 Dez - A CBKB encerra o ano com 37 filados contemplados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério dos Esportes, e em quarta colocada no ranking entre todas as entidades esportivas nacionais.

2008 - Nova eleição da Federação Goiana de kickboxing e Thai Boxing mantém Wagner Stivi no cargo de presidente e elege Anderson Kiyoaki para a vice-presidência.

2008 - A Federação Goiana de Kickboxing e Thai Boxing realiza na cidade de Anápolis GO a primeira edição do Open Brazil de Muay Thai e Kick Boxing

A HISTÓRIA DO KARATE

Todas as teorias coincidem no fato de que no século V um monge Zen-Budista chamado Bodhidharma (chamado Tamo pelos chineses e Daruma pelos japoneses) viajou da Índia à China para ensinar o budismo aos monges chineses no templo de Shao-Lin-Su. A exaustiva prática da meditação revelou a fraqueza física dos monges. Bodhidharma, então, lhes ensinou uma serie de 18 movimentos que lhes permitiria fortalecer seus corpos e a sua força de vontade. Esses movimentos derivam das artes de combate da Índia e outros países e tiveram sua origem no estudo dos movimentos dos animais. Assim surgiu o que se chamou de “boxe dos monges”. Depois da morte de Bodhidharma, seus discípulos se dispersaram por toda a China.
Ao longo do tempo essas séries de movimentos foram estudadas, complementadas e testadas por vários mestres chineses até se converterem no chamado Kempo Shaolin (chamado também por alguns de “Quan fa” ou “Kung-fu”) e ser difundido por toda a China, a partir do século XIII.
Estas Técnicas foram aos poucos sendo passadas da China para outros países asiáticos e influenciaram a suas respectivas artes marciais.Em okinawa o kempo foi muisturado com Okinawa-te (arte marcial nativa) originando o nosso karate-do
A evolução “Tode” ou “Mão Chinesa” como foi chamado uma vez, para o que hoje conhecemos como “Karate” ou “o caminho de mãos vazias”, tem envolvido as contribuições de um grande número dos Mestres do passado, incluindo os chineses e a linhagem de okinawa.
Alguns desses Mestres são conhecidos hje em dia através dos seus atos, ou, em alguns casos, através dos atos dos seus alunos.
Outros Mestres, no entanto, são desconhecidos para nós, uma vez que, praticavam a arte na solidão , e não produziram alunos .
Embora reconhecendo sempre em nossos corações as contribuições feitas por estes desconhecidos .
Takahara Peichin
1683-1760
Nasceu em Shuri, Okinawa, As datas de nascimento e morte de Takahara variam dependendo da fonte, são 1683 – 1760.
Como um membro da classe alta da sociedade Okinawan Takahara foi bem viajado e bem educados durante sua vida útil.
Ele foi aluno de Chatan Yara (1668 – 1756) que era um mestre de To-De e cujo legado vive em Katas como “Chatan Yara não Kon Sho”, “Sai Sho Chatan Yara “, e ” Chatan Yara não Sai Dai “. Takahara foi o aluno mais famoso de “Tode” Sakugawa.
Kushanku
(datas desconhecidas)
Um chinês enviado para a ilha de Okinawa reino, Kushanku teve um breve mas substancial influência sobre a vida de um dos maiores mestres de todos os tempos “Tode” Sakugawa.
Pouco depois da morte de Kushanku Sakugawa desenvolveu o “Kushanku” e deu esse nome em honra do seu antigo professor, hoje, o kata é conhecido como um dos mais longos no currículo do Shotokan , e é conhecido como “Kanku Dai” ou “Olhando para o Céu “. Existem muitas versões deste kata em circulação hoje e é um dos mais antigos Katas existentes.
“Tote” SAKUGAWA 1782 – 1862 Nasceu em Shuri, Okinawa .
“Tote” Sakugawa foi um aluno de um monge budista Takahara Peichin e teria, por um breve período de tempo, estudado com o mestre chinês Kushanku. “.
Ele viajou com ele para estudar na China , e regressou a Okinawa, onde apresentou o seu estilo de luta para a comunidade local.
Com o tempo ele iria se tornar conhecido como o “Pai do To-De, e entre o seu legado está o conceito de dojo kun.
Sua proficiência com o bo também está conosco hoje, sob a forma de kata “Sakugawa não Kon Sho”.
Um dos seus alunos foi Sakugawa Sokon Matsumura, o filho de uma proeminente família ,Matsumura tornou uma dos maiores mestres de okinawa, bem como o fundador do estilo Shuri-te que mais tarde evoluiu para um estilo conhecido hoje como Shorin-Ryu.
Soken “BUSHI” MATSUMURA
1809 – 1896 +
Nascido em Okinawa ,Matsumura nasceu na classe alta da sociedade de Okinawa.
Primeiro começou a estudar com o grande mestre “Tode” Sakugawa. . Viajou para a China, onde é dito que ele estudou por um tempo com o mestre Iwah. . Ele foi mais tarde na vida de encontrar um homem chamado Chinto depois que ele foi mais tarde para um kata nome do seu próprio desenho.
Entre seus muitos alunos está Yasutsune Itosu, mais tarde a ser conhecido como um dos primeiros professores de Gichin Funakoshi, o fundador do Shotokan que seria um dia ser reconhecido como o “Pai do Karate Moderno”.
Matsumura ajudou a criar os Katas Chinto, Wansu, Passai, e Seisan. Foi Matsumura, que assumiu o Shuri-te e criou o estilo que hoje conhecemos como Shorin-Ryu.
Yasutsune Azato
1828-1906
Nascido na cidade de Azato,
Nascido na classe altae com parentes importantes na alta sociedade de Okinawa, facilitou para Azato , entrar no mundo das artes marciais. Um perito em muitas formas de Budo, Mestre Azato apesar da sua própria habilidade, estava a ganhar fama em mais uma forma indireta, e que era como um dos dois professores primários para o futuro “Pai do Karate Moderno”, Sensei Gichin Funakoshi.
YASUTSUNE ITOSU
1831-1915
Nasceu em Shuri, Okinawa,
Itosu em uma idade precoce foi levado para o estudo do “Bushi” Matsumura.
É a partir da Itosu e também Yasutsune Azato do estilo de Shuri-te que Gichin Funakoshi mais tarde desenvolveu o estilo que hoje conhecemos como Shotokan, enquanto outro aluno de Itosu , Kenwa Mabuni, viria a passar a criar o estilo conhecido hoje como Shito-Ryu. Itosu deu a primeira demonstração pública de Karate em Okinawa em 1903, e ele foi um grande fator para que o To-de De Okinawa fosse introduzido no sistema escolar público.
Diversas fontes creditam Itosu com utilizador do kata, “Kushanku” para criar o Pinan, Heian ou Katas como são conhecidos hoje no Shotokan.
Hoje, porém, existe uma crescente convicção de que a verdadeira fonte utilizada por Itosu para a criação do Pinan Katas Heian foram uma forma conhecida como “raiz Katas”.
Além de sua habilidade, Itosu foi conhecido em Okinawa pela sua lendária força.
GICHIN Funakoshi
10 de novembro de 1868 – 26 de abril de 1957
Sensei Gichin Funakoshi, conhecido no mundo inteiro como o Fundador do Shotokan Karate-Do, nasceu em Shuri, Okinawa em Yamakawa-cho distrito em 10 de novembro de 1868.
Os registros oficiais distritais, no entanto, mostram que o seu nascimento teve lugar em 1870, mas ele na verdade tinha falsificado seu próprio registro, a fim de ser capaz de tomar a escola médica .
Apesar de passar no exame Sensei Funakoshi nunca se tornou um membro da profissão médica.
Nascido uma frágil criança ,muitos membros da sua família sentia que estava destinado para uma vida curta .
Foi durante seus primeiros anos da escola primária que ele conheceu o “Tode” ou “Mão Chinesa” , com o mestre Yasutsune Azato.
Sendo um bom aluno, Funakoshi floresceu sob a tutela do Mestre Azato .
Posteriormente Mestre Azato iria apresentá-lo para outro importante professor com quem ele iria igualmente estudar, Mestre Yasutsune Itosu.
Foram esses dois homens mais do que quaisquer outros, que teria o maior impacto sobre sua vida.
Já não está interessado em entrar no ensino médico , Gichin Funakoshi decidiu tornar-se um professor e, por isso, depois de passar no exame de qualificação ,teve seu primeiro cargo como professor de classe , na escola primária em 1888.
Era uma profissão que seguiria por mais de trinta anos.
Um ponto alto no karate de Funakoshi teve lugar no dia 6 de março de 1921, quando ele teve a honra de demonstrar a arte do Okinawa te ao então Príncipe Herdeiro Hirohito, durante uma visita que fez a Okinawa. Depois, na Primavera de 1922, Gichin Funakoshi viajou para Tóquio, onde tinha sido convidado a apresentar a sua arte de To-de na Primeira Exposição Nacional Atlética em Tóquio ,que tinha sido organizado pelo Ministério da Educação.
Após a demonstração ele foi convidado por vários grupos e indivíduos para permanecer no Japão e, na verdade, ele nunca voltou a viver em Okinawa.
Como ele tinha dito em Okinawa, o sistema educativo do Japão se tornou um fator importante na disseminação do karate.
Em 1924 Gichin Funakoshi tinha começado a introduzir karate a várias das universidades locais, em primeiro lugar Keio, seguido de Chuo, Tokyo, Waseda e para apenas citar alguns.
Foi através dessas universidades que ele atingiu uma audiência muito maior e isso contribuiu muito para a crescente popularidade do karate. Mestre Funakoshi foi finalmente estabelecer o dojo Shotokan em 1936, um grande marco na história do karate.
Sensei Funakoshi não era só um gênio em artes marciais, mas ele também era um talento literário, e ele assinou todas as suas obras como “Shoto” que era seu apelido. .
Assim, a escola ou dojo onde lecionou veio a ser conhecido como “Shoto da escola” ou “Shotokan”, que, em última análise, foi adotado como o nome oficial para o seu estilo de karaté.
Sensei Funakoshi combinada das técnicas e dos dois principais estilos de To-De para formar o seu próprio estilo de karate.
Como resultado, o Shotokan inclui as poderosas técnicas de Shorei , assim como os mais leves e mais flexíveis movimentos do estilo Shorin .
O original Dojo Shotokan foi destruído em 10 de março de 1945 ,em um bombardeio aéreo em Tóquio .
No início Sensei Funakoshi ensinou apenas dezesseis Katas, eles foram: Kankudai, Kankusho, cinco Katas Heian (conhecido em Okinawa como Pinan Katas), três tekki Katas (conhecido em Okinawa como Naihfanchi Katas), Wanshu, (mais tarde a ser conhecidos como Empi ), Chinto, (mais tarde a ser conhecidos como Gankaku), Patsai, (mais tarde a ser conhecidos como Bassai), Jitte, Jion e Seisan (mais tarde a ser conhecidos como Empi), uma vez que sentiu que dezesseis Katas eram mais do que suficiente para um vida.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, o karatê foi reavivado lentamente, e um grande avanço ocorreu quando o Japão Karate Association (JKA) foi criada em 1949, com Sensei Funakoshi nomeado pela organização, devido à sua liderança e habilidades avançadas com Embora Sensei Funakoshi era famoso como um grande mestre karate ,ele era também um homem muito humilde.
Durante sua vida ele destacou três aspectos importantes do karate-do acima de tudo e que era, base técnica, kata, bem como o desenvolvimento de valores espirituais que conduz à perfeição do caráter dos participantes do karate.
Ensinando a arte do karaté por mais de setenta e cinco anos, mestre Gichin Funakoshi faleceu em Tóquio, no Japão em 26 de abril de 1957 com a idade de 88 anos.
Sensei Yoshitaka Funakoshi – Waka Sensei
Yoshitaka tem uma saúde frágil. Sofre de tuberculose desde muito jovem. Aos 12 anos inicia a prática de Karate com o seu pai. Em Tokyo, começa a trabalhar para o Ministério da Educação, como técnico de radiologia.
Enquanto o Mestre G. Funakoshi se concentra mais no ensino dos Katas, Yoshitaka dedica-se ao Kumite, desenvolve o seu treino e dá um grande impulso ao Karate do seu pai.
Yoshitaka Sensei treina Makiwara e saco todos os dias.
O seu Karate torna-se mais forte e eficiente.
O tronco de perfil, nas defesas, é o resultado da sua prática com o Bô-jutsu. Nesta Arte cria a Kata Matsukase.
Aos vinte e quatro anos ajuda o seu pai nos treinos do Clube de Karate da Universidade de Waseda. Com trinta anos (1936) começa a ensinar no Shotokan Dojo e é nomeado Vice-Presidente do Dai Nippon Karate-Do Shotokai.
Foram seus parceiros de treino e assistentes nas classes, Egami Sensei, Hironishi Sensei e Okuyama Sensei.
Afastando-se pouco a pouco do Karate de Okinawa (com distâncias curtas, ataques curtos e posições mais altas), Yoshitaka Sensei, sempre com a aprovação do seu pai, revoluciona o Karate de então. Alonga e baixa as posições, aumenta a potência dos movimentos e das técnicas e cria as várias formas de Kumite (Ippon-Kumite, Gohon-Kumite, Jiyu-Ippon-Kumite).
São fruto do seu dinamismo e criatividade, as técnicas de pernas (Yoko geri, Mawashi geri, Ushiro geri), a Ten-no-Kata e as 3 Taikyokus. No Ki-hon dá importância fundamental ao Oi-Tsuki e ao Gyaku-Tsuki.
É referida, por alguns Mestres que com ele privaram, a criação e a estabilidade da sua posição de Fudo Dachi, e a eficácia das suas defesas e dos seus ataques.
Faleceu em Novembro de 1945, no mesmo ano em que o Shotokan (Dojo do seu pai) é destruído.
Nakaiama sensei
Nasceu em abril de 1913 na cidade de Yamaguchi. Era descendente do clan Sanada, respeitados instrutores de Kenjutsu, arte do sabre. Entrou na Universidade Takushoku em 1932, unindo-se imdediatamente ao clube de karatêda universidade sob a tutela de Gichin Funakoshi e seu filho, Yoshitaka Funakoshi. Despois de licenciar-se viajou a China.
Voltou da China em 1946 e fundou com outros praticantes e sob a tutela de Gichin Funakoshi a Japan Karate Association, criando em 1955 o dojo central dauqle momento estava em Yotsuya, Tokyo. O governo japonês reconheceu em 1957 a JKA como instituto de ensino de Karatê. Criou o programa de formação para futuros instrutores da JKA, Japan Karate Association, com uma duração de 2 anos. Omestre Nakayama também criou a primera competição de Karate que teve lugar no Ginásio metropolitano de Tokyo em 1957.
Insistia em que não há primeiro ataque no Karatê.
Ensinou aos principais instrutores de Shotokan na Europa, Enoeda, Taiji Kase, Shirai, Miyazaki. Resumiu as técnicas e Kata do Shotokan nos 11 volumes de “Best Karate.” Masatoshi Nakayama faleceu em 1987 com a idade de 74 anos como figura e símbolo da consolidação e expansão do Karatê.
Precursores do Karate no Brasil
Introduzido no Brasil na década de 50, através da colônia japonesa, inicialmente no estado de São Paulo e posteriormente em outros estados, o karate logo ganhou diversos adeptos.
Relacionamos os precursores do karate no Brasil, por estilos, data da chegada ao Brasil e data do nascimento.

SHOTOKAN

MITSUSUKI HARADA – chegou ao Brasil no ano de 1955, para trabalhar no Banco América do Sul, agência em São Paulo, e portava o 5º Dan outorgado diretamente pelo Criador do Estilo Shotokan Gichin Funakoshi. Nasceu na Manchúria em 1928, em 1948 entrou na Universidade Waseda.

JUICHI SAGARA – chegou ao Brasil no ano de 1957. Nasceu em Kanagawa/Japão no ano de 1934. Cursou a Universidade de Takudai, onde iniciou a prática do karate Shotokan. No Brasil, juntamente com Yassutaka Tanaka, Sadamu Uriu, e Tetsuma Higashino, todos colegas da Takudai, iniciaram na Vila Prudente em São Paulo de forma organizada o ensinamento da prática do karate.

EISUKE OISHI – em 1961 mudou-se para a Bahia o japonês Eisuki Oishi, 19 anos, que tinha conhecimento do karate, mesmo não sendo faixa preta, e que iniciou Denílson Caribe na prática do karate, sendo considerado o precursor do karate no estado da Bahia.

O fundador do estilo foi o Mestre Gichin Funakoshi (1868-1957)

GOJURYU

SEIICHI (Shikan) AKAMINE – chegou ao Brasil no ano de 1958 a convite da Okinawa Riukai para difundir o karate, portando a graduação de 8º Dan. Nasceu na cidade de Naha/Okinawa em 1920.

O fundador do estilo foi o Mestre Chojun Miyagi (1888-1953)

WADORYU

KOJI TAKAMATSU – chegou ao Brasil no ano de 1956. Nasceu na cidade de Kakogawa/Japão em 1930. Cursou a Universidade de Agricultura de Tóquio.

TAKEO SUZUKI – chegou ao Brasil no ano de 1960 onde permaneceu até 1973. Nasceu na cidade de Tóquio/Japão em 1937, onde cursou a Universidade de Agricultura.

MICHIZO BUYO – chegou ao Brasil no ano de 1964. Nasceu na cidade de Okayama/Japão em 1940. Formado pela Universidade de Agricultura de Tóquio.

O fundador do estilo foi o Mestre Hironori Otsuka (1892/1982) .

SHORIN-RYU

YOSHIHIDE SHINZATO – chegou ao Brasil em 1954. Nasceu na ilha de Okinawa/Japão em 1927. Em 25 de Janeiro de 1954 realizou uma demonstração de karate no parque do Ibirapuera em comemoração ao 4º Centenário da cidade de São Paulo.

O fundador do estilo foi o Mestre Choshin Chibana (1892/1969) .

KENYURYU

AKYO YOKOYAMA – chegou ao Brasil no ano 1965. Nasceu na cidade de Tóquio/Japão em 1942. Formado em ciências contábeis e administração.
O KARATE EM GOIÁS.
O primeiro professor a ministrar aulas de Karatê em Goiás foi Sensei Taniguchi, por volta da década de 60, ficando pouco tempo nesta função. Por volta de 1966 chega à Goiás o Sensei Pedro Mizukami, responsável pela organização inicial e pelo estabelecimento dos princípios da arte no estado, sendo dele o título de introdutor desta arte marcial em Goiás.
Em 1980 chega à Goiânia o Sensei Luiz Tazuke Watanabe, ex-campeão mundial de Kumitê ( Luta), ministrando neste ano um curso de atualização e aperfeiçoamento em Karatê melhorando a qualidade técnica dos atletas do estado. Sentindo a grande vontade e a necessidade da organização de uma federação, com o apoio do Sensei Hugo Nakamura, resolveu ficar e organizar o Karatê goiano.
Neste mesmo ano o Dojo “Templo das Artes Marciais” foi construído por Watanabe e uma rotina de treinamento estabelecida com a colaboração do Sensei Sinval Bittencourt, devido à boa preparação deste. A construção das instalações do Dojo teve a participação do próprio Watanabe mostrando sua humildade e gosto pelo esporte, esta lição de vida ensinou a todos o amor ao Karatê.
Esta iniciativa teve ampla aceitação pelos atletas da época e originou um empenho nos treinamentos com a orientação do Sensei Watanabe, que o nível dos atletas subiu de regional para nacional e internacional.
Watanabe deixou uma raiz sólida apesar do Karatê ter sido dividido em várias confederações, devido à política adotada no Brasil. Os alunos do Sensei Watanabe continuam unidos e nossos atletas continuam a se destacar no mundo do Karatê.

POR QUE ALGUNS PROFESSORES SÃO NOVOS MAS NÃO COMPETEM MAIS?

Vejo isso acontecer há muito tempo, é só o sujeito começar a dar aulas que ele para de competir.
Acho que esses professores estão com medo que seus alunos descubram que eles não sabem lutar.
Quem não luta não perde, e fica dando uma de bom sem ser.
Eu não estou defendendo a idéia de que o professor deva lutar durante toda a sua vida, mas que só é bom para ensinar, quem viveu uma vida de atleta e amadureceu como tal.

O QUE É IPONN ?

Hoje em dia as regras de competição determinam que o iponn deve ser dado pelo chute jodan, pela derrubada do oponente seguido de ataque, etc.Essas regras visam dar ao esporte uma cara mais bonita aos olhos dos leigos.
O iponn verdadeiro é aquele golpe que entra sem que o adversário esboce nenhuma reação no sentido de defesa.

QUAL É O CHUTE MAIS EFICAZ EM SHIAI KUMITE?

Para mim é o mawashi gueri e o kizami mawashi gueri.

QUANTO TEMPO DO TREINO DE KARATE DEVE SE DESTINAR A FAZER GINÁSTICA?

Treino de karate deve ter aquecimento e treino de karate.
Ginástica é feita em outra hora e não na hora do karate.
Aconselho meus alunos a fazerem musculação, corrida a pé e de bicicleta, e natação.
Ginastica em treino de karate, só se faz em academias que oferecem o "karate comercial", e não em academias que treinam atletas de competição.

KARATECA DEVE USAR SUPLEMENTOS?

Você deve usar suplementos em dois casos:
Caso você não se alimente corretamente, ou se você for um super atleta e queira alcançar um rendimento que a alimentação normal não pode te dar.
Cuidado com a lábia que as fábricas de suplementos usam para vender seus produtos, pois o objetivo delas é lucrar.
Mas se quer usar, esses são os produtos oferecidos:

Termogênicos: Os praticantes de Artes Marciais precisam ser muito ágeis para conseguirem se locomover melhor durante uma luta, mas para isso precisam manter o peso. Quando o objetivo do praticante de Artes Marciais é perder peso e gordura, é recomendável que ele use algum tipo de termogênico, pois assim eles terão um suporte maior visando a transformação das calorias provenientes da gordura corporal em energia.

Óxido Nítrico (NO2): A suplementação com precursores NO2 é importante para os praticantes de Artes Marciais, pois fornece mais nutrientes para os músculos. Com isso, há um crescimento muscular pós-treino, sendo bastante significativo para os lutadores, pois a todo momento eles fazem uso da força para ter um melhor desempenho em relação a seus oponentes.

Multivitamínicos: Um lutador precisa dar o máximo de si para derrotar o seu oponente. Isso implica estar em grande forma física. Chegar ao ápice de sua forma significa suprir as necessidades nutricionais básicas do seu organismo. O corpo necessita de vitaminas e minerais para praticamente todos os movimentos básicos. Os multivitamínicos ajudam na digestão dos alimentos, fornecem energia para os músculos trabalhados durante a luta e auxiliam na recuperação muscular. Sem as vitaminas e minerais adequados, essas funções básicas do corpo não encontram espaço para agir.

Glutamina: A glutamina ajuda os músculos a funcionarem melhor e ameniza os estragos provocados pelo desgaste e cansaço. Isso elevará sua resistência, dando o vigor físico do qual você precisa para aqueles minutos finais de luta. O tempo de recuperação dos seus músculos é mais rápido, pois a glutamina aprimora a força e a resistência.

Whey Protein: É a fonte ideal de proteínas para os praticantes de artes marciais porque é absorvida rapidamente pelo corpo e pode ser usada como estoque de energia para antes, durante e depois da luta. Essa rápida absorção vai dar o vigor físico do qual o lutador precisa para derrotar o seu oponente. Depois de uma luta ou um treinamento difícil, whey protein fornecerá a quantidade de proteínas das quais seus músculos cansados e danificados precisam para se recuperar.

Glucosamina: Manter a saúde das juntas e das articulações é importante para todos os lutadores. Quando você está lutando, girando e contorcendo o seu corpo o tempo todo, você força bastante a cartilagem ao redor das articulações. A sua habilidade de segurar o seu oponente em determinada posição ou sair de uma situação desfavorável durante uma luta depende do trabalho conjunto dos músculos e articulações. A glucosamina auxilia na proteção e no reparo das articulações, podendo ser obtida de fontes naturais.

Packs: São ricos em nutrientes para complementar a dieta e aumentar o ganho de massa muscular, energia, força e performance. Estes packs contém combinações específicas de macro e micronutrientes. Além de fornecer importantes vitaminas e minerais difíceis de serem obtidos apenas por meio da alimentação, eles fornecem também aminoácidos essenciais, carboidratos e alguns deles até ácidos graxos essenciais e energizantes. Eles são importantes para os praticantes de artes marciais, pois estes têm necessidades extras que geralmente não são supridas pela ingestão diária normal de nutrientes. Os packs fornecem nutrientes para os tecidos musculares, melhoram a resistência e ajudam na recuperação pós-treino e pós-luta.

Guaraná: É ótimo para fornecer a energia extra da qual você precisa para derrotar seu oponente nos minutos finais da luta. O guaraná contém cafeína, que é um estimulante que tem se mostrado bastante seguro quando ingerido em pequenas quantidades.

KARATECA DEVE FAZER MUSCULAÇÃO?

Sim, pois a musculação e a corrida a pé, são a base de todos os esportes.

CONSELHO SOBRE TAISABAKI.

Use taisabaki no tempo do deai, ou então no tempo do mikiri.
Ou esquiva batendo, ou sai na esquiva, faz o pêndulo com a perna da frente e volta atacando com sequência.

QUANDO DEVO CHUTAR?

Não chute em quem está no deai, nem use chute no deai.
O chute contra o deai pode ser mais lento que o soco, e usar o chute quando se está de deai, pode fazer com que o adversário te derrube, pois você estará sem base.
Use o chute em quem foge de você, pois se você errar o chute, não vai levar contra ataque.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PRINCIPAL CONSELHO PARA O KARATECA QUE QUER COMPETIR NO KICKBOXING.

Use o deai no taisabaki, pois é dificil disputar de gyaku contra a perna, que geralmente é usada no kickboxing.

O KARATE NO KICKBOXING.

Na WAKU, maior federação de kickboxing do mundo, o Karate tem espaço numa modalidade chamada Semi Contato, que difere das regras do Karate em poucos aspéctos.
Karatecas do Karate de Contato, preferem ,dentro do kickboxing,modalidades como o Low Kick, onde vale o mawashi guedan e o contato completo é permitido.
Também há espaço para o karateca no kickboxing ,na modalidade Musical Forms, onde o atleta apresenta uma coreografia ou kata acompanhado de trilha musical.
Participei de vários eventos da WAKU, e sempre achei que eram os mais organizados que eu já participei.
Parabéns ao Paulo Zorello, presidente nacional da WAKU , e a Wagner Stivi, o presidente da FGKT, meu amigo.

MESMO ENTRANDO COM SEQUENCIAS DE VÁRIOS GOLPES, O KARATE CONTINUA SENDO UMA LUTA DE UM SÓ GOLPE!

O objetivo do lutador de karate, é atingir seu oponente com um golpe firme e forte devido ao kime aplicado nele.
Vários atletas não conseguem realizar sequencias de zukis num tempo suficientemente pequeno rápido o suficiente para alcançar seus oponentes, ou então vencer o tempo do deai deles, porque aplicam kime em cada golpe que forma a sequencia.
O atleta experiente aprende a usar os golpes que não alcançam o adversário como golpes de distração, e coloca apenas o kime no golpe que vai alcançar o adversário, que por sinal será o golpe final da sequencia, partindo daí para o zanshin.
Essa percepção de qual será o golpe final, a gente acaba tendo por instinto, e o alcance dessa técnica é conseguida através do treinamento diário.

QUAL É A TÁTICA MAIS FORTE DO KARATE?

Para mim é o deai.
Depois de vencido o tempo do deai do adversário, é só mandar uma sequencia que o ponto é garantido.

KARATE CANTA OVO.

Já viu como após botar um ovo, a galinha sai cantando para mostrar que botou?
Assim é aquele atleta que dá o kiai só depois que fez ou pensa que fez o ponto, e sai fazendo gestos ,caras e bocas, a fim de influênciar o julgamento dos árbitros.
Esse tipo de atleta é conhecido no meio karateca como KARATECA CANTA OVO!
Concorrente ao Oscar do karate!
Segundo uma piada que o sensei Rodrigo Furtat fez na comunidade KARATE, no orkut, a evolução do karate canta ovo é o karate olimpico, e karate olimpico é aquele onde o sujeito faz o ponto e antes mesmo do juiz lhe dar o ponto, ele dá uma volta olímpica comemorando.(risos)
Na minha opinião, comemorar o ponto ou a vitória é falta de budo por parte do atleta, pois se nos cumprimentamos com o OSS, é porque nos respeitamos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

OS MANDAMENTOS DE FUNAKOSHI.

Hitotsu – Karatedo Wa Rei Ni Hajimari Owaru Koto
Wo Wasasuruna
Não se esqueça que o Karatê deve iniciar com saudação e
terminar com saudação

Hitotsu – Karate Ni Sente Nashi
No Karate não existe atitude ofensiva

Hitotsu – Karate Wa Gi No Tasuke
O Karatê é um assistente da justiça

Hitotsu – Mazu Jiko Wo Shire Shikoshite Tao Wo Shire
Conheça a si próprio antes de julgar os outros

Hitotsu – Gijutsu Yori Shinjutsu
O espírito é mais importante do que a técnica

Hitotsu – Kokoro Wa Hanatan Wo Yosu
Evitar o descontrole do equilíbrio mental

Hitotsu -Wasawai Wa Getai Ni Shozu
Os infortúnios são causados pela negligência

Hitotsu – Dojo Mo Mi No Karate To Omouna
O Karatê não se limita apenas à academia

Hitotsu – Karate No Shugyo Wa Issho De Aru
O aprendizado do Karatê deve ser perseguido durante toda a vida

Hitotsu – Arai Yuru Mono Karateka Seyo Soko Ni Myomi Ari
O Karatê dará frutos quando associado à vida cotidiana

Hitotsu – Karate Wa Yu No Gotoshi Taezu Netsudo Wo
Ataezareba Moto No Mizu Ni Kaeru
O Karatê é como água quente. Se não receber calor
constantemente torna-se água fria

Hitotsu – Katsu Kangae Wa Motsuna Makenu Kangae
Wa Hitsuyo
Não pense em vencer, pense em não ser vencido

Hitotsu – Teki Ni Yotte Tenka Seyo
Mude de atitude conforme o adversário

Hitotsu – Tatakaya Wa Kyojitsu No Soju Ikan Ni Ari
A luta depende do manejo dos pontos fracos (KYO) e fortes (JITSU)

Hitotsu – Hito No Teashi Wo Ken To Omou
Imagine que os membros de seus adversário são como espadas

Hitotsu – Danshimon Wo Izureba Hyakuman No Teki Ari
Para cada homem que sai do seu portão, existem milhões de adversários

Hitotsu – Kamae Wa Shoshinsha Ni Ato Wa Shinzentai
No início, seus movimentos são artificiais, mas com
a evolução tornam-se naturais

Hitotsu – Kata Wa Tadashiku Jissen Wa Betsumono
A prática de fundamentos deve ser correta, porém
na aplicação torna-se diferente

Hitotsu – Chikara No Kyojaku Karada No Kankyu Waza No Shinshuku Wo Wasuruna
Não se esqueça de aplicar corretamente:
alta e baixa intensidade de força; expansão e contração
corporal; técnicas lentas e rápidas

Hitotsu – Tsune Ni Shinen Kufu Seyo
Estudar, praticar e aperfeiçoar-se sempre

Sensei Gichin Funakoshi

DOJO KUN.

Hitotsu – Jinkaku Kansei Ni Tsuto Muru – Koto
“Esforçar-se para a formação do caráter”

Hitotsu – Makoto No Michi O Mamoru – Koto
“Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão”

Hitotsu – Doryoku No Seishin O Yashinau – Koto
“Criar o intuito de esforço”

Hitotsu – Reigui O Omonzuru – Koto
“Respeitar acima de tudo”

Hitotsu – Keki No Yu O Imashimuru – Koto
“Conter o espírito de agressão”

Sensei Masatoshi Nakayama

O KIAI.

O Kiai, fisicamente, origina-se do movimento respiratório.
É uma espécie de grito, lançado sem modulações emitido para ajudar através da contração instantânea, uma maior concentração de força no instante final do golpe, ou seja, no momento do choque contra o corpo do adversário, ou ainda para subjugar um oponente tirando-lhe a concentração ou intimidando-o.
Etimologicamente “kiai” traduz-se por união dos espíritos, sendo palavra composta na língua japonesa pelo substantivo “ki”, espírito e “ai” contração do verbo”awazu” que significa unir.
O Kiai designa um efeito e para termos uma perfeita união dos espíritos, devemos ter a mente completamente limpa, ligada apenas ao objetivo, posto que qualquer desvio ou indecisão, estorvaria a espontâneidade e debilitaria a força. Porém, se houver uma perfeita união dos espíritos (percepção, decisão, ação e vontade), nada se interpôe entre entre eles e a força se projeta em toda sua plenitude, na pureza primitiva.
Portanto lançar o Kiai é materializar a força latente, sob a forma de um grito súbito.
Originalmente, O Kiai advém do séc.VII DC, ou seja, na época em que o estudo das artes marciais ocupava lugar prioritário no Japão, cultivadas em todas as escolas. A exemplo do Karatê propriamente dito, o Kiai é originário da Índia, tendo mais tarde passado pela China e posteriormente chegado ao Japão, onde foi estudado e assimilado.
Quem reconheceu em todos os seres uma força original foram os hindus, que a denominaram “prana” ou energia vital cósmica. Pesquisaram e demonstraram que o objetivo real e final da nutrição e da respiração, é o armazenamento e desencadeamento desta energia.
Os chineses também se aprofundaram nestes estudos, trabalhando o cultivo de técnicas específicas, a materialização da energia acumulada e sua liberação, através do Kiai. Segundo a psicologia, o indivíduo sob tensão, chora ou grita, após o que passa, passa a sentir um certo alívio e volta a calma.
Quem grita, praticamente, não precisa chorar. O grito em sua forma pura, é um elemento liberador de energia acumulada. A energia retida dentro do corpo do indivíduo o deixa nervoso, excitado. Ao gritar, de uma forma cientificamente disciplinada, o grito provocado desde a musculatura abdominal, libera esta energia acumulada no interior do corpo, relaxando e consequentemente deixando-o mais calmo.
Para exemplificarmos melhor, citaremos o exemplo do indivíduo que nos seus exercícios físicos cotidianos, correndo descalço na praia, tropeça em uma pedra e se machuca. Ao sentir a dor imediatamente ele grita “PÔOXA”. Como se este grito fosse um remédio para minorar a dor. Ora, o vocábulo usado naquele momento, é uma forma simplista de descarregar a raiva acumulada momentâneamente, por causa da dor sentida.
Na prática dos exercícios de Karatê, o atleta grita também, para sentir, principalmente para si próprio, que naquele momento deu o máximo de si.
Os estudantes de Karatê, mais novos, o fazem sem as vezes atingir o seu valor real, porém, aqueles mais antigos, mais conscientes, após estas práticas sentem os efeitos calmantes destas técnicas, no final das sessões de treinamentos.
Sintetizando, temos que o Kiai ajuda a potência do golpe, exterioriza a força interior, desequilibra psicologicamente o adversário, é usado como técnica de reanimação e proporciona na fase posterior à sua execução, relaxamento e tranquilidade.

BODHIARMA.

A sua origem está remontada em lendas transmitidas oralmente de geração em geração, uma corrente lendária muito forte, bem como os próprios japoneses consideram Bodhiharma ( 28 º patriarca do Zen Budismo, que viveu no templo chinês de Shaolin, por volta de 525 da nossa era ) como o “´Pai lendário do Karate “, tendo aperfeiçoado as técnicas de artes marciais antigas da China e do Vajramusthi Indiano.
A História das Artes Marciais perde-se no tempo, podendo nesta reflexão iniciar a redescoberta do Karaté a partir da Ilha de Okinawa, que fica no centro de um arquipélago denominado pelos chineses de RyuKyu, que se estende desde o extremo sul do Japão até a ilha de Taiwan. Okinawa com os seus 1.500 Km2 ocupa sozinha mais de metade da superfície do RyuKyu.

Ilha de Okinawa / Japão

”Oki”: que quer dizer em Japonês oceano ou grande , e “nawa”: traduz-se por cadeia, corrente ou corda , essa ilha tem uma centena de quilómetros de comprimento para uma largura de 30 a 40 Km e seu aspecto é realmente de uma corda nodosa e flutuante.
A vida em Okinawa foi sempre dura e rude, para se adaptarem ao meio naturalmente hostil ( a ilha era constantemente castigada por destruidores tufões ), a que o habitante de Okinawa precisou de forjar a vontade, engenhosidade e a sua tenacidade – qualidades que teria que ter em dobro, face aos sucessivos invasores que pretendiam subjugá-la a todo o custo. O instinto de sobrevivência faria surgir recursos de resistência, técnicas de combates a mãos nuas ( ancestrais do Karate ) ou com armas ( ancestrais do Kobudô ).
Okinawa tinha uma posição privilegiada, estava entre o Japão, a China e o Sudeste Asiático ( Vietname,Tailândia,etc..) com isso se tornou um porto especialmente activo. Nessa epoca por volta do século XIV, a Ilha se dividia em três reinos, Chuzan era o maior deles e compreendia o meio da ilha com Hokuzan ao norte e Nazan ao Sul. Sabe-se que em 1372, o rei okinawense Satto prestou voto de obediência ao Império Chinês Ming ( 1368-1644 ) ao qual passou a pagar tributo, e em 1349 o rei Chuzan faz uma aliança com a China dando origem a um intercambio entre ambos os reinos ( chineses e okinawenses). As aldeias de Naha e Shuri tornaram-se cidades comerciais prosperas, entrepostos de todos os produtos do sudoeste asiático e onde se “acotovelavam” japoneses, chineses, indianos, malásios, tailandeses , árabes, etc…. É também nessa época que a china da Dinastia Ming mandou para a ilha um importante grupo de artesãos e artistas – mencionados em antigos documentos como ” As 36 Famílias “. Entre estes chineses encontravam-se indivíduos que tinham conhecimento de Boxe Chinês, surgem os primeiros vestígios de Shaolim Zu Kempo ou Chuan-fa, mas nada permite afirmar que essa arte tenha oficialmente sido introduzida por “verdadeiros mestres”.
Em 1429, o Rei Sho Hashi unificou Okinawa, mas a queda deste império foi determinada por Sho Shi, que temendo a repetição dos conflitos e revoluções que se espalhavam pelo sudoeste asiático lança um édito , proibindo a manufactura e manuseio de armas pela população. Isso facilitou a invasão de Okinawa pelo Clan Satsuma do Japão que após uma resistência morna em 1609 tomou o Castelo de Shuri.
Mesmo depois da invasão o comércio e intercambio com a China permaneceu inalterado e mais tarde um representante militar chinês desembarcava em Okinawa. Seu nome era Kong Shang-Kung, ele ficou conhecido na ilha como Kushaku, e era um perito no sistema de Shaolin.
Em seus seis anos em Okinawa Kushaku ensinou o sistema ( To-te ) a dois okinowenses, Mestres Sakugawa e Kitan Yari. To-te começou a ser chamado karate na primeira metade do século XX, e embora a sua introdução tenha sido uma continua evolução, muito do karate que é ensinado hoje em dia, ao contrário da crença popular, está baseado no Boxe Chinês ( principalmente da área de Fuchou ) e que foi trazido para Okinawa entre 1850 e 1950, alcançando o seu pico de introdução no final do século XIX.
Em 1669 o Clan Satsuma proibiu o uso de qualquer arma a não ser pelos Samurais, com esta lei teve origem a arte do Kobudo, utilizando as ferramentas básicas do seu dia a dia ( sai, tunfa,bo,kama,etc…) como armas. É difícil encontrar evidências de que okinawanos tenham desenvolvido técnicas de luta devido à proibição do uso de armas pelos governantes do clã Satsuma. Ao contrário, as evidencias demonstram que após 1609 , o ti era praticado como defesa pessoal e como meio de desenvolvimento físico pelos membros da nobreza. To-de seguiu um caminho semelhante e desenvolveu-se no final do séc. XIX e inicio do século XX no meio das classes shizoku e seus descendentes , principalmente aqueles que viviam em Naha,Tomari e Shuri.
No inicio do século XVII, o Japão saia de mais uma terrivel guerra civil onde o vencedor foi o clã dos Togukawa e o vencido o clã dos Satsuma , dirigido pela família Shimazu. O novo Shogum mostrou-se hábil em desviar o furor dos Satsuma, derrotados mas não destruídos para os Ryukyu, uma maneira astuciosa de se livrar do inimigo e estabelecer controle japonês sobre uma Ilha então submissa à China. Precisamente no dia 5 de Abril de 1609 os Satsuma se atiraram sobre Okinawa que caiu sob o jugo do clã invasor e assim ficou até 1879, quando a ilha se tornou parte do império japonês, incorporada ao Império de Mitsuhito.
O Japão em 1868 entra na era Meiji, que marcou a abolição do antigo sistema feudal e o nascimento de uma nova sociedade .Okinawa sempre manteve a posição de reino semi-independente até pouco depois da restauração Meiji.
Antes de 1879 as artes marciais eram reservadas às famílias mais nobres, e mesmo após essa data , poucas pessoas menos favorecidas ( fosse de dinheiro, fosse de tradição ) tinham ânimo para praticá-las.
Logo após a ocupação, Shimazu proibiu novamente o uso de porte de armas e também qualquer tipo de prática marcial, mesmo com a proibição da prática de qualquer actividade marcial, os habitantes de okinawa continuaram a praticar em segredo o seu sistema de defesa pessoal, assim no século XVIII contempla-se o nascimento do TODE ( mão chinesa ) ou Okinawa-Tê , ancestral ao Karaté . Sem duvida o dominante das técnicas de combate de mãos nuas eram chinesas e tinham sua “origem” no mosteiro de Shaolin na China ( Kung-Fu ) .
A proibição despertou o interesse pelas técnicas de combate e generalizou a prática até então restrita a uma minoria.
A existência do TI pode ser comprovada desde o início do século XVII através de um poema escrito pelo eminente professor okinawano nascido em 1663 chamado Teijunsoku ( também conhecido como Nago Oyakata ) e que diz :
Não importa o quanto se esmere na arte do ti,
e nos seus esforços escolásticos,
nada é mais importante que o seu comportamento
e a sua humanidade conforme observado no quotidiano da vida
Foi concerteza uma época de treinamentos enfurecidos em lugares secretos , geralmente à noite , longe dos centros habitados entre discipulos de confiança. Este ambiente continuou até final do século XIX e explica em parte a falta de documentos escritos. Técnicamente sabe-se pouco sobre este periodo, excepto que os pés e as mãos tornavam-se armas eficientes e rápidas, capazes de substituírem as lâminas banidas.
Devido a diversos factores politicos a designação TODE de origem chinesa é alterada no seu kanji pelo mestre Gichin Funakoshi para Kara-te ( mão vazia – japonês ), dai para a sua oficialização pela Dai Nippon Butokukai foi um curto passo.
Durante anos o karate evoluiu em três linhas e três cidades distintas o Shuri-te de Shuri , o Naha-te de Naha e o Tomari-te de Tomari; cada um com características distintas:
Shuri-te = principalmente ofensivo, primava pela leveza e velocidade.
Naha-te = Principalmente defensivo, primava pela poder interno e potentes golpes.
Tomari-te = Era uma mescla de ambos e originou o estilo Shito-Ryu de Itosu.
Neste século XVIII também pouco se pode afirmar já que eram ensaiados os primeiros katas, mas muitos movimentos e atitudes estavam camuflados nas danças tradicionais a fim de despistar a desconfiança das autoridades. Ainda hoje podemos verificar e analisar estes movimentos nas danças tradicionais de Okinawa.

Porém pouco a pouco, homens mais dotados surgiram, estilos se diversificaram e líderes que vieram a se tornar mestres codificaram o seu estilo.
No século XIX foi a época da eclosão do Karaté de Okinawa, logo no início desse século ou talvez no final século XVIII, as três grandes linhas mencionadas anteriormente surgiram em força.
Ao redor de Naha formou-se o Naha-Tê, suas técnicas lembram o Kung-Fu do sul da China, com ênfase na utilização dos membros superiores ( técnicas de punho curtas, circulares e destruidoras ), busca pelo corpo a corpo nas posições estáticas, pontapés baixos. É o estilo duro e flexivel que produzirá o Goju-Ryu designação criada pelo mestre Chojun Miyagi e que se distingue igualmente pela busca respiratória “IBUKI” uma forma de Chin-Kun Chinês ( busca pela mobilização da energia vital interna ). Os katas são variados e complexos : Seisan, Saifa, Sanseru, Sanchin, Tensho, Sanseru, Suparinpei, etc…
A popularidade do karate de okinawa cresceu em todo o mundo à medida que os próprios okinawanos passaram a emigrar para o exterior em busca de melhores oportunidades, aproveitando para ensinar esta fascinante e eficiente arte marcial.
Um fato importante é que Okinawa foi a primeira parte do Japão a entrar em contacto com os portugueses, que lá introduziram a arma de fogo , que mudou completamente as técnicas de guerra até então conhecidas.

O KARATE TRADICIONAL.

O Karate-Do Tradicional é uma arte marcial originada a partir das técnicas de defesa pessoal sem armas de Okinawa, e tem como base a filosofia do Budo japonês.
Os objetivos do Karate-Do Tradicional são definidos pela filosofia do Budo, que se traduz na busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal, sempre contribuindo para a harmonização do meio onde se está inserido. Através de muita dedicação ao trabalho, treinamento rigoroso e vida disciplinada, o praticante de Karate-Do Tradicional caminha em direção dessas metas, formando seu caráter, aprimorando sua personalidade.
Nesse sentido, pode-se afirmar que o Karate-Do Tradicional contribui para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente esportiva. “Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, com o indivíduo universal.”
Cada pessoa pode ter objetivos diferentes ao optar pela prática do Karate-Do Tradicional, objetivos estes que devem ser respeitados. Cada um deverá ter a oportunidade de atingir suas metas, sejam elas tornar-se forte e saudável, obter autoconfiança e equilíbrio interior ou mesmo dominar técnicas de defesa pessoal. Autocontrole, integridade e humildade resultarão do correto aproveitamento dos impulsos agressivos existentes em todos nós.
A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi – “Karate Ni Sente Nashi” – define claramente o propósito anti-violência do Karate-Do Tradicional: “No Karate não existe atitude ofensiva”.

“Se o adversário é inferior a ti,
então por que brigar?
Se o adversário é superior a ti,
então por que brigar?
Se o adversário é igual a ti,
compreenderá,
o que tu compreendes…
então não haverá luta.
Honra não é orgulho,
é consciência real do que se possui.”

O Karate-Do Tradicional também pode ser visto como uma ótima ferramenta de manutenção da saúde, uma vez que suas técnicas contribuem para a formação de hábitos saudáveis como os cuidados com a postura, a respiração com o diafragma e a meditação Zen. Entende-se como saúde não só o estado de “ausência de doenças”, mas também o bem-estar físico, mental e espiritual do ser humano.
Como defesa pessoal, o Karate-Do Tradicional mostra eficiência e eficácia em suas técnicas, possibilitando ao lutador defender-se de qualquer tipo inimigo. No entanto, mais que um simples conjunto de técnicas, o Karate-Do Tradicional ensina ao seu praticante algo muito além do confronto físico, que é a intuição e o discernimento perante uma situação de perigo, permitindo ao lutador captar a intenção do adversário, avaliar a situação e tomar uma atitude correta e consciente.
O verdadeiro valor do Karate não está em sobrepujar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.

O SIGNIFICADO DE KARATE-DO

Significado de “Karate-do”
Os Kanji’s(ideogramas) podem ser lidos de duas maneiras: “kun” (pronuncia chinesa) e “un” (pronuncia japonesa). No inicio o karate era chamado de karate-jutsu (pronuncia japonesa) ou tode-jutsu (pronuncia chinesa) com o significado de técnica(jutsu) da Mão (te) Chinesa (Kara ou to).
Quando Karate foi introduzido no Japão na década de 1920 sofreu algumas modificações devido a rivalidade histórica entre Japão e a China.
Existe outro ideograma com a mesma pronuncia “Kara” do Karate, mas com outro significado que não “chinesa”. Este outro ideograma tem origem no termo Sunya ou Sunyata do sânscrito que significa “zero”, “vazio”, e é muito usado na tradição Zen-Budista com esse significado.
Vários mestres, querendo introduzir o Karate-do no Japão, decidiram adotar este outro símbolo e também trocar a expressão “jutsu” (técnica ou arte) por “do” que deriva da palavra chinesa “tao” (via, caminho). Este nome pareceu, então, apropriado já que descreve uma arte de luta sem armas e também duas características importantes do Zen-Budismo: a “mente vazia” (sem preocupações, ódio, inveja ou desejo) e o “caminho”, a “via” que devemos transitar para chegar à iluminação

O "DO", O CAMINHO.

Digamos que o Karatê seja como subir uma montanha. Imaginemos que o topo da montanha seja como se fosse a essência de uma técnica e o caminho que leva ao topo seja como o treinamento e a prática.
A rota que os nossos mestres mostraram é a rota que supostamente deveríamos seguir. Chamamos esta rota de “Ho”. Quando chegamos ao topo da montanha, verificamos que há muitas outras rotas para o seu topo. Esta é a idéia básica do “Do”ou “o caminho”; Ele não tem forma e tem algo em comum com tudo.
Portanto existe uma rota “Ho” para se tornar mestre em uma técnica e o “Do” que é sem forma e tem muitas rotas. O “Do” que almejamos ser mestres, através da prática de várias técnicas para alcançar o topo da montanha é universal.
Para alcançarmos o “Do” não temos que subir uma montanha em específico. Quando andamos na rua, o “Do” está constantemente envolvido. Ao vivermos a vida. e aceitando-a diariamente de acordo com o que o Karatê-do ensina, isto se torna como um curso de mestrado do “Do”.
Assim um dia nossos corpos ainda que cansados, aprenderá o “Do” através da experiência e então iremos conscientemente sentir o “Do” e seremos portanto capazes de assimilar o “Do”.
A nossa vida diária se ajusta a forma do caminho do “Do” do Karatê- do.

O SITE DA FGKSC.

www.karatesemicontato.com -

O ANTI KARATE

Quando o karateca adquire muita experiência de luta, ele passa a prever o karate do adversário e usa as intenções do oponente a seu favor.
O karateca experiente não disputa, domina!

O KARATE TIGRE E O KARATE TOURO.

O tigre é forte, porém usa de estratégias e artimanhas para para vencer.
O touro é muito forte e usa sua força para bater de frente e vencer, ele não usa de estratégia, faz um combate franco.
No karate semi contato eu enxergo o tigre, pois o campeão é aquele que usa suas táticas para atacar sem ser atacado, vencendo usando os erros do oponente a seu favor.
Já no karate de contato vejo o touro, pois os lutadores assumem uma distância de disputa e francamente lutam disputando quem é mais forte e mais técnico, sem se importar em ser atingido, o que importa é ser mais resistente e bater mais.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

KARATE PREDADOR!

Sabe por que o tigre é o animal que nos representa?
É porque o karateca é treinado não para disputar, mas para dominar o adversário.
O karateca não é como um pugilista, que disputa golpes com o adversário até que esse seja derrotado, ele domina a situação como um tigre faz, com táticas ofensivas e evasivas com o objetivo de ganhar e sair ileso.
Na natureza, o tigue não bate de frente com suas presas, pelo contrário, ele mesmo sendo muito forte, camufla suas intenções e só ataca para vencer.
Assim como o tigre, o karateca espera o momento exato para atacar, e quando atacado faz com que o ataque do oponente seja transformado num erro a ser cobrado pelo deai, pelo taisabaki, ou pelo mikiri.
No karate, o ippon é o bote do tigre, é o ataque sendo feito de maneira eficiente e no tempo certo, não dando assim chance para o adversário.
Karateca, o homem tigre!

SOBRE COMPETIR.

Como o karate semi contato é um esporte que geralmente não machuca, não vejo porque não competir, mesmo que o atleta atinja uma idade avançada.
Hoje em dia, várias federações oferecem campeonatos onde os atletas são separados por faixa e idade, e isso possibilita que o atleta prolongue muito sua carreira como atleta competidor.
Competir traz muita experiência ao praticante, além de ser divertido.
A arte marcial em si, já tras muitos benefícios para o praticante, mas competir pode lhe dar uma experiência a mais, pois você aprenderá a se dominar com mais eficiência, e também lhe trará lembranças muito legais.
Digo isso pois estou competindo ha 31 anos e acho que valeu a pena ser atleta, e noto a diferença que isso me fez, quando luto com quem não competiu.
Ouço muitos karatecas dizerem que não competem pois treinam karate budo, e quando ouço isso penso que esses praticantes estão perdendo uma grande oportunidade de desenvolverem o próprio budo que eles defendem.